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É possivel evitar discussões e brigas ou existem situações em que são inevitáveis?

Imagine a seguinte situação dentro de um coletivo:

João, de 23 anos, está com pressa e esbarra, sem querer, no ombro do passageiro Cássio, que diz:

“Você é folgado hein”.

João, irritado, retruca:

“Você é que é estressado, vai tomar conta da sua vida e não me enche”.

Imediatamente, Cássio lhe dá um empurrão e profere um xingamento: manda a mãe do desafeto para aquele lugar.

O bate-boca evolui rapidamente para uma briga entre eles.

A turma do deixa disso tenta intervir, mas as agressões mútuas duram por cerca de 2 minutos, até que policiais surgem e encaminham ambos, feridos, para o plantão policial.

Se você fosse Delegado e atendesse essa ocorrência, daria razão para quem?

Na minha opinião, nenhum dos briguentos têm razão, muito pelo contrário, ambos são culpados pelo evento na mesma proporção.

Uma pergunta importante se faz presente:

“Alguma das partes poderia ter evitado que um simples esbarrão como o ocorrido acabasse em luta corporal?”

Definitivamente, a resposta é afirmativa, principalmente quando refletimos sobre o velho jargão popular, que diz o seguinte:

“Quando um não quer, dois não brigam”.

Não sei a opinião do leitor, mas eu concordo plenamente com essa frase.

80% dos homicídios são praticados em razão de motivo fútil, ou seja, algo sem importância que, sem motivo real, se transforma na tragédia da perda de uma vida.

No dia 15 de agosto/2017, dois irmãos estavam na fila do embarque para o trem do metrô, em direção à estação Corinthians-Itaquera, por volta das 19h. Um outro passageiro tentou furar a fila, pois o movimento era intenso naquela hora. Por sua atitude, foi questionado por um dos irmãos, que é adolescente.

O oponente ,de nome Éverton Lima dos Santos, de 34 anos, não gostou e passou a ameaçar o menor. Todos entraram no vagão; Everton, mostrando-se muito alterado, provocava incessantemente. Durante o percurso, o ambiente entre eles foi se acalorando. Por volta das 19h20, chegaram na estação Sé.

Uma testemunha relatou que Éverton tentava puxar o adolescente para fora do vagão:

"O menino disse que não iria sair, mas o cara insistia. Até que ele deu um tapa no cara do sujeito para ele parar de puxar".

Em dado momento, Everton puxou uma faca, que portava de maneira sorrateira, sendo que a testemunha relatou à polícia o que ele disse em seguida:

“Você está me agredindo?”, e ato contínuo, esfaqueou o menor de idade e tentou fugir, mas foi detido por agentes de segurança metroviários.

A vítima foi socorrida para a Santa Casa, onde passou por cirurgia. Segundo a polícia, o garoto teve vasos sanguíneos rompidos e uma perfuração no estômago.

O agressor foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio e continua preso. O Delegado afirmou que ele apresentava sinais de embriaguez e fala desconexa. Com o detido foi encontrada uma pequena porção de maconha, sendo certo que já foi condenado por tráfico de drogas e processado por roubo, mas absolvido.

Levanto a seguinte reflexão:

“O presente crime poderia, de alguma forma, ter sido evitado?”

A primeira lição de segurança que um filho recebe dos pais quando passa a andar sozinho nas ruas, é para não conversar com estranhos, pois é perigoso,

Portanto, desejo incluir no manual de segurança dos pais a segunda lição, que serve para os filhos e para os adultos:

Jamais retruque uma provocação. Mesmo estando com a razão, peça desculpas e assuma o erro, apesar de não tê-lo cometido. Se o oponente continuar a lhe ofender, afaste-se ou mude seu seu trajeto. Lembre-se que é melhor engolir um sapo que enfrentar um oponente raivoso, descontrolado, perigoso e que pode estar armado”.

Jamais entre no mesmo canal vibratório de quem quer promover discussão, principalmente de cunho beligerante.

Sempre que tentarem te ofender, caberá a você jogar água ou gasolina na fervência da situação.

Respire fundo, conte até 10, não preste atenção nas ofensas. Concentre-se nas atitudes que vai tomar para apaziguar os ânimos e sair da encrenca sem nenhuma sequela.

Não revidar agressão injusta, não é covardia, é, simplesmente, ser mais inteligente que o oponente.

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