Fato Verídico! Em um dia de fev/2017, por volta das 18h, um jovem saiu da casa dos pais, que moram em cidade na Grande/SP, para cortar cabelo. Meia hora depois, o pai recebe ligação dizendo que o filho estava sequestrado. Os bandidos exigiam quantia significativa a ser depositada em uma conta bancária.
Durante o telefonema, o marginal solicita que os pais do suposto sequestrado peguem o cartão do banco, saiam imediatamente de casa e se desloquem a pé a um hipermercado localizado nas proximidades. No caminho, a genitora tentou falar com o filho através de seu fone celular, mas caia direto na caixa postal.
Os idosos passaram a acreditar que estavam sendo vítimas do crime de extorsão mediante sequestro. Ao chegarem no estabelecimento comercial indicado, foram orientados a realizar transferência bancária. Em razão do horário noturno, só foi possível transferir R$ 5 mil.
Ato contínuo, o casal, sob forte ameaça de morte do único filho, foi convencido a se hospedar num hotel nas proximidades. A todo momento os bandidos alegavam estar monitorando a ligação e se tentassem conversar com outra pessoa, a morte da vítima seria dolorosa e imediata.
Na manhã do dia seguinte, no horário bancário, os marginais exigiram que fossem diretamente na agência onde são correntistas e que realizassem transferência de todo dinheiro que possuíam na poupança, que era em torno de R$ 45 mil. A sorte é que no estacionamento da agência bancária um primo do casal os encontrou e percebeu que agiam de forma estranha. Imediatamentem parou uma viatura da Polícia Militar que passava e assim o golpe do falso sequestro foi desmascarado antes da realização do segundo depósito.
O número do telefone celular dos bandidos era oriundo da cidade do Rio de Janeiro e a conta bancária para efetivação da transferência também. Na delegacia de polícia ficou evidenciado que os bandidos cariocas haviam invadido o WhatsApp do filho do casal e assim conseguiram o fone de seus pais. De alguma forma, os marginais conseguiram, ainda, bloquear o recebimento de ligação telefônica no celular do jovem.
Amigo leitor, os golpes por telefone possuem diversas máscaras e artimanhas. O fato de não conseguir falar momentaneamente com um parente, não quer dizer que ele esteja sendo mantido como refém. Nessas horas de aflição, é essencial analisar os fatos com calma; respire fundo, relaxe um pouco e jamais ceda imediatamente à vontade de criminosos que usam o celular como arma mortífera.
Desconfie sempre de ligações privadas, interurbanas e de números que você desconhece. Se estiver vivenciando situação parecida, procure localizar policial na rua ou ligue para o 190 e peça auxílio ao atendente, que é policial e está treinado para conduzir esse tipo de ocorrência.
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