Parabéns Brasil... acabamos de superar o México em relação a frota de carros blindados. Agora somos o primeiro do ranking mundial. O medo da violência urbana faz, cada vez mais, o brasileiro ter necessidade de se proteger.
Pena que não temos porque nos orgulhar dessa medalha de ouro.
Enquanto o México aponta com soluções para minimizações dos índices criminais, nosso país vê o sistema carcerário se esfacelar, o comércio de drogas crescer a passos largos e crimes com requintes de violência aumentando vertiginosamente.
É cada vez mais comum encontrar prédios com guaritas blindadas, onde o porteiro trabalha protegido contra disparos de arma de fogo. Para falar a verdade, não conheço outro país onde condomínios residenciais necessitem de portaria blindada.
Diversas famílias de classe média alta e alta já instalaram em suas residências o chamado “quarto do pânico”, local totalmente fechado e blindado, com ar condicionado, linha telefônica, sistema de alarme e possibilidade de ver através de monitores de vídeo imagens geradas por câmeras de segurança da moradia. Ocorrendo qualquer suspeita de invasão ou perigo no bairro, toda família está orientada a se refugiar no bunker e aguardar o apoio da polícia ou da empresa de vigilância armada contratada.
Muitos comércios já estão optando em trabalhar com portas abaixadas. O atendimento é feito através de interfone e a mercadoria é repassada ao cliente através de passa volume feito de aço balístico.
Já temos também à disposição, além dos coletes à prova de tiro, ternos e jaquetas blindadas para aqueles que desejam ainda mais proteção.
As casas lotéricas também estão aderindo à onda da blindagem arquitetônica. O cliente tem contato visual com o caixa através de pequena faixa de vidro blindado e o dinheiro para pagamento de contas ou jogo é repassado por meio de passa dinheiro feito de aço balístico.
Entramos agora na fase das “escolas blindadas”.
Diversas instituições de ensino particular, que cobram mensalidades caríssimas, preocupadas com a onda da “bala perdida” e com a possibilidade de sequestro de alunos, se transformaram em verdadeiros quarteis; totalmente protegidos.
Veja o investimento realizado pelos colégios super seguros:
-Guarita blindada com botão de pânico
-Muros altos que também possuem proteção balística capaz de resistir a tiros, explosões e até ao choque de um automóvel
-As vidraças que dão para área externa também são blindadas
-Portão de aço para pedestres e veículos com clausuras
-Seguranças devidamente armados utilizam equipamento para conferir placas de autos e fotos de motoristas cadastrados
-Qualquer pessoa que queira entrar no estabelecimento, inclusive professores, alunos e pais, tem que passar por catraca eletrônica que só libera a entrada após conferência de digital papiloscópica
-Agentes de segurança uniformizados fazem ronda a pé e motorizados nas imediações do estabelecimento
-Agentes de segurança à paisana, armados, circulam disfarçadamente no interior da escola
-Todas as áreas internas e externas são protegidas com câmeras de segurança com monitoramento 24h
Quanto será que custa o investimento para deixar a escola com esse nível de segurança, que dá inveja a presídios de segurança máxima no Brasil?
A bagatela de cerca de R$ 2 milhões.
Uma coisa é certa, com esse nível de proteção, os pais não terão mais que se preocupar com o item segurança ou com a possibilidade de os filhos cabularem aulas como até então, quando bastava sair pelo portão principal ou pular o muro sem que ninguém percebesse.
Tudo é vigiado. Ninguém dá um passo sequer sem a segurança do local acompanhar física ou visualmente. Infelizmente, esse parece que será o futuro para as escolas na terra brasilis.
Comments