Dois homens viajavam pelo deserto. Puxavam um camelo que levava nas costas várias mercadorias. Em dado momento, depois de enfrentarem areias escaldantes por muitas horas, finalmente encontraram oásis. O sábio disse ao discípulo: “Vamos descansar aqui, pois está mais fresco. Vou me deitar agora. Amarre o camelo bem firme e depois durma também”. O rapaz, após responder positivamente, ajoelhou-se e fez oração: “Senhor meu Deus, estou muito cansado para amarrar o animal. Por favor, tome conta dele. Obrigado por tudo Senhor. Confio em vossas mãos nosso camelo". Em seguida, foi deitar-se sob uma palmeira e adormeceu tranquilo. Pela manhã, o sábio começou a gritar rompendo o silêncio: “O camelo fugiu! O camelo fugiu!... Você não o amarrou garoto?” O rapaz acordou assustado e olhando para o ancião disse: “Mestre, durante vários anos aprendi com o senhor a confiar em Deus. Ontem à noite, eu pedi a Ele que tomasse conta do nosso transporte. Mas ele não me atendeu”. O sábio, então, disse: “As mãos de Deus na Terra são as suas mãos. Confie em Deus, mas sempre amarre seu camelo. Perdemos o animal, mas você recebeu uma grande lição de vida”. Amigo leitor, é incrível como tanta gente é desligada com a segurança pessoal e familiar. Alguns acreditam que Deus os protegem de qualquer coisa, por isso lavam as mãos. Outros acham que crimes só acontecem nos jornais e programas de televisão. Temos também aqueles que se comportam como avestruzes, pois parece que enfiam as cabeças embaixo da terra para não ter nenhuma informação sobre criminalidade e métodos de prevenção. Todas essas posturas têm caráter eminentemente reativo. A única maneira de se alcançar segurança e minimizar riscos frente à violência urbana e acidentes, é adotar postura proativa, ou seja, tomar alguma atitude de ordem preventiva antes que aconteça o pior. O célebre jurista italiano Cesare Beccaria, autor da obra “Dos Delitos e das Penas”, disse em 1768: “Quereis prevenir delitos? Fazei com que as leis sejam claras e simples”. O problema é que leis penais brasileiras são confusas e complexas. O jurista italiano entendia, ainda, que “quanto mais a pena for rápida e próxima do delito, tanto mais justa e útil ela será”. Nossa legislação também não comunga desse pensamento, pois processos criminais são lentos, burocráticos, repletos de firulas jurídicas e de recursos, na marioria meramente protelatórios, que beneficam os malfeitores e prejudicam vítimas e familiares no seu anseio por justiça. Para finalizar, explica o jurista que a finalidade da pena “é impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos, além de dissuadir outros de fazer o mesmo”. O legislador brasileiro também não aprendeu essa simples lição, prefere enxergar o criminoso como “vítima da sociedade”. Garante aos condenados avalanche de benefícios e a oportunidade de trocarem pena de prisão por cestas básicas e prestação de serviço à comunidade!
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