Há 20 anos estudo o fenômeno da violência urbana no Brasil e no mundo. No final da década de 90, quando o crack invadiu a cidade de São Paulo e depois se espalhou para outras capitais brasileiras, previ que os marginais passariam a cometer crimes com muito mais violência. Infelizmente eu estava certo.
Milhões de brasileiros foram vítimas de homicidas, assaltantes, estupradores, seqüestradores, etc. A impunidade, que era apenas uma sensação, passou a ser certeza na mente da marginalidade.
Em março de 2006 um ladrão colou com superbonder a boca de duas recepcionistas do Motel Frenesi, na zona sul de São Paulo, para impedir que a polícia fosse alertada.
O domínio das cadeias públicas por facções criminosas, o aumento do comércio e do uso de drogas, a formação de inúmeras quadrilhas especializadas e a proliferação da corrupção de agentes públicos, são alguns dos ingredientes que impulsionaram a indústria do crime, que cresce a passos firmes e largos.
Em 13.04.07 a polícia federal prendeu três desembargadores federais, um procurador da república e dois delegados federais suspeitos de exploração de jogos de azar, corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha e receptação. Que vergonha!!! E o pior é que é apenas a ponta do iceberg.
Minha última previsão se deu há quase dois anos, quando vislumbrei que o solo estava fértil e propício para a prática dos chamados crimes virtuais ou a distancia, onde o marginal mais intelectualizado pratica uma variedade imensa de golpes longe dos olhos de suas indefesas vítimas, no conforto de um quarto de hotel ou na beira de uma piscina ou praia. Para armar as arapucas eles necessitam de informações, documentos e senhas. O leitor deve ter cuidado quando lhe for solicitado cópia de RG, CIC ou qualquer documentação particular.
Fique perto da máquina de xérox e faça com caneta duas linhas paralelas na cópia, tal como num cheque cruzado. Dentro dessas duas linhas escreva: "Cópia entregue para a loja "X", assim você evitará que seus documentos xerografados sejam usados para fins ilícitos.
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