O celular do corretor de imóvel João tocou e uma voz feminina trouxe uma ótima surpresa: "Parabéns, o senhor foi premiado com um carro zero km pelo nosso canal de televisão".
O rapaz gagueja um pouco e diz: "Ganhei mesmo?..., mas não me lembro ter participado de algum sorteio". A operadora de telemarketing explica pacientemente: "Alguém da sua família mandou um torpedo para nosso programa, dando seu nome como referência e o senhor acaba de ser sorteado". O corretor comenta: "Caramba, parece que minha filha tinha mesmo mandado um torpedo em algum jogo da copa. Essa menina é danada mesma". A telefonista continua: "Nosso programa tem dado 10 carros em cada jogo, e o senhor foi um dos contemplados". "Mas, como faço para receber o carro?", indaga o feliz ganhador. Calmamente, a telefonista explica: "Bem, temos apenas duas exigências. O senhor terá que vir em nossos estúdios tirar uma foto com o apresentador e também comprar R$ 500,00 em cartões para telefone celular pré-pago, pois faz parte do regulamento". A moça explicou que ele tinha apenas 2 horas para comprar os cartões e depois passar os códigos pelo telefone para comprovar a aquisição. O corretor não hesitou, saiu correndo para adquiri-los. Em seguida ligou para o número telefônico fornecido pela operadora de telemarketing e passou os códigos. Por fim ela concluiu: "Daqui há três dias o senhor receberá um telegrama apontando a concessionária onde irá retirar seu automóvel". Passados 7 dias, a vítima João chegou à conclusão que havia entrado numa arapuca. Meu falecido pai sempre disse aos filhos uma frase que já usei em um dos meus livros: "Ninguém bate na porta da sua casa para te dar nada e sim para lhe tirar alguma coisa". Gostaria de fazer uma pequena modificação nesse ditado popular: "Ninguém liga para seu telefone desejando presenteá-lo, e sim querendo tirar alguma coisa de você".
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