Muitos idosos têm sido vítimas da armadilha que apelidei de "golpe do sobrinho". Nos primeiros dias de 2011 o número aumentou consideravelmente e os prejuízos contabilizados também. O aposentado M.G.R. tirava cochilo à tarde quando o telefone tocou. Era o filho de seu irmão mais novo precisando de ajuda. O veículo dele havia quebrado, repentinamente, e ele estava sem dinheiro para pagar o conserto. Tinha cheques, mas o mecânico não aceitava, por isso não queria liberar o carro. O tio não teve dúvidas, foi ao banco e efetuou depósito de R$ 2.500,00 em dinheiro na conta do tal mecânico. Somente três dias depois descobriu que havia sido enganado por estelionatários. O verdadeiro sobrinho fez questão de levar o parente na delegacia de polícia. Acreditava que o rastreamento da conta bancária fornecida pelo golpista levaria a recuperação do valor. O resultado foi desanimador; a tal conta havia sido aberta com documentos falsos, em agência bancária localizada no subúrbio do Rio de Janeiro. O telefone celular usado na trama possuía DDD de São Paulo (011), mas se descobriu durante as investigações que a linha era clonada. "Tio, preciso da sua ajuda" - essa singela frase iniciou mais um golpe, agora contra um homem de 82 anos, que usou seu cheque especial para auxiliar pessoa que acreditava ser sua sobrinha. Ela teria provocado acidente de trânsito e precisava ressarcir o outro motorista antes que a polícia chegasse, pois estava com a carteira de habilitação vencida, o que lhe causaria sérios problemas. Passados 2 meses do golpe via telefone, o octogenário ainda não conseguiu cobrir o rombo no banco. O leitor pode estar intrigado: as vítimas não perceberam que a voz não era de seus parentes? Temos que entender que as vítimas são pegas de surpresa e tendem a acreditar no relato desesperado e voz choramingando. Outro ponto é que os idosos viveram em época que as pessoas eram mais honestas e íntegras, portanto não têm o sentimento de desconfiança aguçado. Muitos registros policiais deixam de ser lavrados pois as vítimas sentem-se envergonhadas e preferem assumir o prejuízo. O chamado "telemarketing do crime" apresenta diversas facetas e novas roupagens. Não acredite cegamente em pedidos envolvendo dinheiro por telefone fixo ou celular. Ligue para um parente mais próximo ou para o 190 e peça orientação antes de efetivar depósito em banco ou caixa 24h.
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