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Novo golpe aplicado por entregadores de comida pode gerar grande prejuízo aos clientes

A criatividade dos bandidos brasileiros parece realmente não ter fim. E a bola da vez são os milhões de brasileiros que se habituaram a solicitar o delivery de comida em casa ou local de trabalho e agora se tornaram vítimas potenciais. Os proprietários dos estabelecimentos não têm nada a ver com o peixe, digo, com o golpe. A malandragem é praticada por motoboys com índole criminosa, fato que acaba manchando a imagem da categoria, que é honesta e deseja prestar um bom serviço de entrega.

Como o golpe funciona?

Os motoboys que praticam esse novo golpe carregam maquinha de débito que não pertence à empresa que os contratou. Esse aparelho é adulterado na região do visor, isso com a finalidade de dificultar a visão do cliente em relação ao valor do pagamento a ser feito.

Se o cliente/vítima reclamar que o visor está trincado impossibilitando a visão correta do valor, o motoboy pede, inicialmente, desculpas e, com muita educação, diz que o derrubou no trajeto, o que provocou o dano. Como o cliente, geralmente, está com pressa ou muita fome, acaba acreditando na versão e digita a senha pessoal. O problema, é que o valor inserido na maquininha pelo motoboy/golpista é bem superior ao valor da compra efetuada. Soube de diversos casos em que ultrapassou R$ 2 mil, sendo que a compra, geralmente, não ultrapassa os R$ 100.

Não podemos esquecer que boa parte daqueles que usam cartões de crédito e de banco se habituam a digitar a senha na maquininha sem antes conferir se o valor da compra está correto.

Para finalizar o crime, o motoboy passa cartão de crédito de “laranja” na maquina do estabelecimento comercial que trabalha com o valor exato da compra, isso para não levantar suspeitas momentâneas.

Posteriormente, o cliente vai descobrir que se tornou vítima e aí começa a dor de cabeça para tentar recuperar o dinheiro surrupiado.

Mas quais as medidas de segurança e de ordem preventiva para não ser a próxima vítima na hora de pagar o motoboy que trouxe sua refeição?

Primeiramente, é preciso se concientizar que não se deve ter pressa na hora de efetivar pagamento via maquininha de débito.

Para tanto, oferto algumas orientações importantes:

a) Antes de digitar a senha pessoal, confira o valor que foi inserido no equipamento. Em alguns casos, principalmente em ambulantes ou casas noturnas, o funcionário insere mais um ZERO e se você não perceber irá pagar valor bem mais alto daquele consumido;

b) Se o local para a realização do pagamento estiver escuro, ligue a lanterna do celular ou dirija-se a outra dependência onde a iluminação favoreça a análise dos números no visor;

c) Se por algum motivo não conseguir ver o valor da despesa, recuse a compra ou peça outro aparelho em perfeito estado de conservação;

d) Após ter certeza que o valor digitado é correspondente à despesa efetuada, chegou a hora de digitar a senha pessoal. Você terá duas opções: 1) Solicitar que o motoboy se afaste um pouco 2) Ou fazer com uma das mãos a chamada “cabaninha” no teclado do aparelho para que ninguém veja a digitação da senha;

e) Peça sempre o comprovante emitido pela maquininha e faça duas conferências:


1) Verifique se o valor anotado corresponde ao valor do gasto efetuado

2) Veja se o nome do estabelecimento corresponde ao comércio que você contratou. Fiz essa ressalva pois existem outras modalidades de golpes onde o truque está na troca de maquininhas. Se perceber qualquer desses problemas, é melhor solicitar cancelamento da compra e entrar em contato com o responsável pelo estabelecimento que você fez o pedido e expor o ocorrido;

f) Por último, mantenha ativo o serviço de recebimento de SMS em seu smartphone, assim, em poucos segundos receberá mensagem mostrando a compra realizada e o valor. Se porventura verificar qualquer problema, entre em contato imediatamente com a operadora do cartão visando cancelar a transação. Em seguida, comunique o ocorrido à empresa que você fez pedido de comida para que o responsável possa tomar as devidas providências legais contra o funcionário que está usando o serviço de entrega para ludibriar clientes.

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