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Você sabe a diferença entre preço e valor na hora de contratar alguém para resolver seu problema?

Em qualquer atividade profissional, encontramos inúmeras pessoas que se dizem habilitadas.

Mas quantas são realmente especialistas no assunto?

Recentemente, encontrei um amigo que estava bastante chateado com a experiência que tinha tido com mecânicos. Ele notou barulho estranho ao dirigir seu veiculo, avaliado em R$ 45 mil. Passou por 4 oficinas, onde trocaram inúmeras peças, mas o dano persistia. Somente no quinto mecânico é que conseguiu a resolução. Resultado: quase 2 meses perdendo tempo e dinheiro, sem contar a irritação e dor de cabeça.

Já aconteceu algo parecido com o leitor? Infelizmente, creio que sim!

Rumando para a área de saúde, o que mais tenho ouvido ultimamente são reclamos de pacientes que se veem obrigados a perambular por 3 ou 4 médicos para conseguir formar um diagnóstico convincente. Sem contar os remédios ministrados de forma equivocada, que podem prejudicar a saúde e mascarar ainda mais a doença.

Sua televisão ou máquina de lavar estão apresentando problema grave?

Proponho o seguinte teste: leve o equipamento para 4 assistências técnicas e solicite orçamentos.

Garanto que a probabilidade maior é de receber 4 orçamentos com valores totalmente distintos, sendo que cada um apontará uma solução diferente para o defeito apresentado.

Mas em qual profissional acreditar?

Por outro lado, tem cliente que é atendido com excepcional profissionalismo, mas passa a reclamar do valor cobrado dizendo que “está muito caro”.

Mas como definir se o valor pelo serviço prestado foi exacerbado ou não?

Imagine alguém que de uma hora para outra amanhece sentindo dores horríveis e corre ao pronto socorro mas próximo. O médico de plantão, após realizar uma série de perguntas, faz cara de poucos amigos e diz:

“Olha, o problema é grave. Procure urgente um especialista na área de oncologia, pois é muito provável que você esteja com câncer”.

O paciente sai desnorteado do nosocômio. Volta para casa e começa busca frenética no Google por um bom médico. Nas proximidades de sua região encontra dois, sendo que um cobra pela consulta R$ 150 e o outro R$ 350. Como não tem referência desses profissionais, telefona para amigo que conhece bem a área da saúde. Ele indica três médicos, com os seguintes preços: R$ 500, R$ 750 e R$950.

Em qual médico o leitor iria?

Talvez a sua resposta fosse esta:

Depende da gravidade da dor!

Uma coisa é certa, independentemente do tamanho do problema, desejamos sempre alguém que possa identificar a solução o mais rápido possível e não piorá-la.

Tenha em mente que...

PREÇO É DIFERENTE DE VALOR

PREÇO é o que você PAGA!

VALOR é o que você LEVA!

PREÇO é a quantidade de dinheiro que precisa ser gasto na hora de adquirir produto ou determinado serviço. É o número existente na etiqueta ou na consulta médica, por exemplo.

Enquanto o PREÇO pode ser quantificado, o VALOR se refere a algo subjetivo, que varia de pessoa para pessoa, dependendo, geralmente, da necessidade.

O que é mais importante para o leitor, o PREÇO ou o VALOR?

Acredito que no caso do problema médico que ventilei, o preço pouco importaria e sim a o valor do profissional que viesse a indicar o tratamento correto.

Outro detalhe, é que o PREÇO não é medido pelo esforço ou grau de dificuldade empenhada no trabalho. O VALOR do produto ou da remuneração do profissional deve ser equivalente ao benefício recebido pelo cliente. Veja que são detalhes completamente diferentes, e é claro, a responsabilidade pela escolha também.

Um dos desafios encontrados por especialistas que garantem o melhor serviço, é definir o PREÇO, ou seja:

QUANTO COBRAR PELO TRABALHO QUE VOU ENTREGAR?

Os melhores profissionais sabem que o PREÇO a ser cobrado não é medido pelo esforço ou grau de dificuldade do serviço. A remuneração é equivalente ao benefício recebido pelo cliente.

Mas qual o "valor" do trabalho feito por um “especialista”, independente da área de atuação?

Quanto “vale” a solução do seu problema?

A área de informática de uma grande empresa apresentou, repentinamente, sérios problemas, atrapalhando sobremaneira o andamento do negócio. O funcionário responsável pela área foi chamado, às pressas, na calada da noite. Ele varou a madrugada e não conseguiu descobrir o defeito. Pediu calma ao chefe e tentou de tudo por dois dias, mas nada foi solucionado. Era o típico colaborador quebra-galho, mas dessa vez não funcionou.

Para encontrar o defeito, o gerente resolveu acionar um conhecido que tinha formação universitária. O problema é que as primeiras reclamações dos clientes começaram a aparecer em decorrência do atraso na entrega de mercadorias.

O técnico cobrou R$ 1.500 pela visita, passou o dia todo debruçado no sistema, e de tanto mexer, acabou por agravar os incidentes.

O diretor, que estava de férias, tomou ciência do ocorrido, e após dar bronca em vários funcionários, ordenou a contratação de uma empresa da qual tinha indicação e que cobrou, inicialmente, o valor de R$ 6.000,00 pelo deslocamento de equipe para fazer completa varredura em todo aparato de informática. Vários componentes foram substituídos, totalizando cerca de R$ 4.300,00. Ao final de quatro dias de trabalho, continuava o sistema com os mesmos defeitos. Vários clientes que se sentiram prejudicados pelos atrasos nas entregas apresentaram denúncias no Procon, no Ministério Público e uma batelada de queixas pela internet.

O prejuízo já era enorme e a cada minuto os danos à imagem da empresa se agravavam.

O desespero já tomava conta dos acionistas, sendo que um deles recomendou a contratação de um “especialista” com histórico de ter prestado inúmeros serviços complexos para as maiores empresas do país.

Chamado às pressas, o profissional alegou que inicialmente precisava verificar “in locu” alguns dos equipamentos instalados e também a rede de energia. Após 3 horas de análise, disse ao diretor:

“Achei o problema, posso consertar?”

O que o senhor está esperando? Por favor faça nosso sistema voltar a funcionar o mais rápido possível!

O “especialista” ponderou:

“Preciso elaborar antes o orçamento para aprovação”.

E o diretor salientou:

“Tenho carta branca dos acionistas. Conserte imediatamente e depois mande a nota fiscal. Não estamos preocupados com o “preço” e sim com o “valor” do serviço”.

O renomado especialista retirou de sua maleta uma pequena escovinha e limpou um disjuntor que estava com muitas impurezas. Depois sacou um spray com liquido lubrificante e deu três borrifadas. Em seguida, mandou acionar o complexo sistema de informática, que como num passe de mágica, voltou a funcionar.

No dia seguinte, o especialista enviou por e-mail nota fiscal eletrônica no valor de R$ 11 mil.

O diretor e o gerente foram demitidos pois não souberam lidar com o problema de forma rápida e eficaz.

O acionista fez questão de telefonar ao profissional que devolveu paz aos negócios e lhe disse:

“Muito obrigado pelo serviço prestado. Gostaria de contratá-lo para nos prestar assessoria preventiva mensal, pois os prejuízos que tivemos com a paralização por 1 semana de nosso sistema são incalculáveis”.

Cobra-se pelo que se sabe e não necessariamente pelo que se faz.

CONCLUSÃO

Infelizmente, nos últimos anos no Brasil a quantidade tem superado, em muito, a qualidade na prestação de serviços.

No Google, se pesquisar qualquer problema, se encontra uma legião de “profissionais” que se dizem habilitados a solucioná-lo.

Mas quem escolher?

E se contratar a pessoa errada, qual será o tamanho da dor de cabeça? A dificuldade está em encontrar quem realmente resolve e sabe ofertar o assessoramento necessário, ou seja, que realize o serviço por completo, garantindo rapidez, eficiência, segurança e tranquilidade ao cliente. Esses é o verdadeiro “especialista”.

Portanto, na hora de contratar, caberá ao cliente escolher por “preço” ou “valor”.

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